Ontem foi o dia da mãe. Ser mãe permitiu-me descobrir um amor sem
igual, onde não há termos de comparações nem medidas. Tudo é grande… O amor
pelos filhos; o medo pelos filhos, os receios do que a vida lhes irá
proporcionar; a expectativa de como vão ser quando crescerem; o não saber em
que adultos se irão tornar e tudo e tudo.
A minha Princesa tem 12 anos e como qualquer criança tem os seus
defeitos e virtudes. É uma criança doce e meiga, carinhosa e ternurenta mas
também tem os seus quês. Adora estar sozinha no seu mundo, a fazer as suas
coisas, o que por vezes torna difícil o seu relacionamento com o resto da
família, sobretudo em casa, na nossa nova família (Eu; o Principesco; Ela e a
Princesa mais nova). Mas, até nisto ela sai a mim, quando eu era pequena adorava estar sozinha no meu quarto! A minha
família era grande mas os meus irmãos estavam sempre fora de casa, a trabalhar.
O meu irmão mais velho começou a trabalhar aos 10 anos (penso eu); a minha irmã
mais velha aos 16; a minha irmã do meio creio
eu que também foi aos 16, e o meu irmão mais novo deve ter sido por ai, mais
coisa, menos coisa. Restava eu em casa com o meu pai acamado e a minha mãe que
só estava chegava depois das 20h00. Ao sábado fazia limpezas em casa de
senhoras pelo que só estava em casa por volta das 18h00 (durante a semana era
auxiliar da acção educativa).
Ontem a minha Princesa escreveu-me uma carta que me deixou com lágrimas nos olhos.
Nem sei o que te dizer, como és especial para mim, como és importante
na minha vida. Obrigada por seres um ombro amigo, por seres uma pessoa em quem
posso confiar. Sem ti, não sei como seria a minha vida.
Obrigada por todos aqueles momentos felizes e, até os maus… sem eles
não sei como seria a minha vida!!! Obrigada por seres quem és. És linda, bonita,
perfeita!!! A melhor do mundo… És uma pessoa maravilhosa e há tantas palavras
para te descrever que eu já perdi a conta. Espero que continues a ser quem és e
que não mudes, sê quem tens de ser!
Eu sei que ás vezes sou uma chata, uma parva… por isso quero pedir
desculpa por essas atitudes… Amo-te muito mamã! Desculpa também por às vezes
ficar fechada no meu quarto ou ficar com aquela cara de parva mas eu também
tenho sentimentos tal como todas as pessoas e espero que percebas isso…
Ainda bem que és tu a minha mamã!
Mãezinha, eu tentei fazer um poema para ti mas como não me saiu nada, dedico-te este poema do Mário Quintana que acho que todas as (filhas) mães
dedicariam às suas MÃES:
“MÃE”
Mãe... São três letras apenas
As desse nome bendito:
Também o Céu tem três letras...
E nelas cabe o infinito.
Para louvar nossa mãe,
Todo o bem que se disse
Nunca há de ser tão grande
Como o bem que ela nos quer...
Palavra tão pequenina,
Bem sabem os lábios meus
Que és do tamanho do Céu
E apenas menor que Deus!
Espero que estejas orgulhosa de mim…
P.S. estás no meu coração! Nunca te esqueças de quem és, pois tu és
linda, perfeita, continua assim mamã!
By: da tua filha que te ama muito!
Para: Mãe que é muito, muito amada (não tenhas dúvidas)
…
Foi com estas palavras que ela me presenteou no Dia da Mãe, sem tirar
nem pôr… Há presentes melhor do que estes? Não, sem dúvida alguma que não!
A minha princesa deixou-me orgulhosa e sem palavras… É linda, linda e
também a Amo muito, muito!
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