PESSOAS INVISÍVEIS

É certo que tenho de controlar os meus ataques de raiva (talvez sejam consequência da falta de nicotina, não sei). Hoje tive consulta no hospital, fui buscar a minha ‘goteira’ para atenuar o rangido que faço de noite com os dentes (também vai evitar muita pancadinha que levo do Principesco ahahahahahahah cada vez que me ouve ranger!).

Imagem daqui

O médico chama-me, o Dr. Asdrúbal e quando chego à porta de acesso aos consultórios, alguém literalmente me fechou a porta na cara e eu fiquei na sala de espera. Toquei à campainha que por sua vez não estava a funcionar, embora houvesse OUTRA campainha meio metro ao lado daquela (demorei a descobrir, certo? Há campainhas silenciosas por isso não se riam LOL). Esperei e nada. Resolvi ir á menina da recepção pedir-lhe para me abrir a porta e a muito custo, lá consegui entrar. Para meu espanto, quando chego ao consultório já está alguém lá dentro, na minha vez! Diz o médico: - eu chamei a Teresa e como não veio, esta senhora entrou à sua frente! Era uma excelente altura para me agarrarem! Fiquei com uma cara de tacho que só visto. Esperei à porta tipo bulldog com um ataque de raiva mas controlei-me. A senhora saiu e disse-me: - deve ser a senhora agora, não? Rrsrsrsrrsrrrrrrrrr... Silêncio, não lhe respondi porque corria o risco de a morder!

Entrei no consultório, gira e linda do alto dos meus tacões (rasos LOL) e disse ao médico com um ar sarcástico:

- Esta senhora deve ser invisível… não percebo como me passou à frente se nem sequer passou por mim!

Diz ele: - É melhor abrir um inquérito público para averiguar…

Respira, inspira, expira, respira, inspira, expira… prosseguimos com a consulta como se não tivéssemos ‘rosnado’ um ao outro no início. No fim, lá se dignou explicar-me como é que aquela senhora foi atendida na minha vez. Lindo… a conversar é que a gente se entende, certo?