Ontem escrevi aqui que (…) a pré-adolescência/adolescência
é uma idade que deixa os nossos filhos (e os filhos dos outros) mesmo
parvinhos, valha-me Deus! (…) Hoje vejo ESTA notícia da Figueira da Foz e
penso que mundo este, que futuro se espera destes jovens?
Hoje em dia todos os JOVENS sofrem de excesso, excesso de parvoíce; excesso
de violência; excesso de liberdade; excesso de má educação; excesso de
dinheiro; excesso de vícios, excesso sobre excesso.
No meu/nosso tempo a educação era mais restrita e isso não invalida a
nossa felicidade dos tempos de infância. Não eramos infelizes por não ter um
computador; uma playstation; um telemóvel; internet, etc. Nós nem sequer
sabíamos o que era isso da internet nem dos telemóveis porque todas estas
coisas surgiram no fim dos anos 80/início dos anos 90 (a internet surgiu ainda
na década de 60, mas só no início dos anos 90 alcançou a população em geral).
Hoje em dia não saberíamos viver sem internet, sem computadores, sem gadgets.
Nós gozamos a infância a brincar à macaca; aos elásticos; às panelas;
aos médicos e enfermeiros; jogamos ao Monopólio, à batalha naval e às cartas e
até pedíamos às nossas mães para nos ensinarem a fazer ponto cruz e crochet. Passávamos
muito tempo em casa, aprendíamos a cozinhar só ver a nossa mãe fazê-lo; queríamos
passar a ferro porque aquilo até nos parecia giro e arrumar a casa era a tarefa
semanal que nos rendia dinheiro para comprar rebuçados ou pastilhas elásticas.
O que é que os nossos filhos sabem fazer hoje? Jogar no telemóvel; no
tablet; falar no WhatsApp com as amigas e de que é que elas falam? Conversas
parvas! Elas amam-se umas às outras; chamam-se bebés e mamãs e manas; fazem
declarações de amor como nunca visto! Gostava de saber o que é que um dia,
quando estiverem mesmo apaixonadas, vão dizer ao namorado uma vez que já
proferiram aquelas palavras não sei quantas vezes, sem qualquer significado… Isto
digo eu à minha filha, que são umas exageradas e que acabam por banalizar
palavras e expressões que tinham tanto carisma e significado… Claro que elas
não querem saber, só se querem amar e abraçar e dar a vida umas pelas outras!
Depois os resultados são estes, estas disputas de poder sobre os elos
mais fracos, que fazem delas e deles criaturas indesejáveis, desprezíveis, sem
respeito nenhum pelo ser humano! Mete-me nojo, repugna-me e preocupa-me!
Imagino estes jovens a alcançar uma carreira profissional e penso como irão
eles lidar com os afectos; com o respeito pelo próximo; com as hierarquias,
etc.
Claro que a culpa não nasce sozinha e os pais são os maiores culpados
por estas situações porque delegam na escola a função de educar e sacodem do
capote qualquer responsabilidade que lhes seja incutida. Cada vez mais os pais
não têm tempo para os filhos e só se preocupam em lhes dar de comer e um tecto
para dormir. Não querem saber o que fazem nos tempos livres nem com quem andam;
o que fazem etc. Há um ditado muito antigo que continua mais do que actual ‘Diz-me
com quem andas e dir-te-ei quem és’.
Eu sou chata e hei-de ser chata até à morte! A minha sogrinha diz que
sou um pouco exigente/severa com a minha Princesa mas a tarefa de educar está
toda à minha responsabilidade, uma vez que ela só passa o fim-de-semana com o
pai de 15 em 15 dias. E sim, sou chata, muito chata. Por outro lado tenho uma
filha que não me deixa ficar mal fora de casa, e é apontada como um exemplo a
seguir no atl. Em casa ela tenta; ás vezes tenta falar mais alto que eu mas eu
obrigo-a a calar-se e digo-lhe que eu posso falar alto, ela não; sou mãe e
posso muitas mais coisas que ela! Não vos digo que ela é perfeita, nem ela é
nem eu sou, mas sou mãe e estou lá para a por na linha quando é preciso, PONTO!
E dá trabalho, mas ainda assim, sinto-me muito feliz e realizada no
papel de mãe e tenho a felicidade de ter uma filha da qual muito me orgulho!
GMDT Princesa <3
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