sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

STOPPING

Para a semana retomo tudo (excepto o fumar que continuo a resistir! eheheheheh apesar de haver dias que me faz falta :( ... 
Estes dias senti uma necessidade extrema de Parar... Parar para Continuar
Beijos meninas e para a semana já vos melgo com posts e mais posts! Espero que com vocês esteja tudo bem! Agora deixo-vos com este resumo sobre... STOPPING!



Parar
David Kundtz
Parar. Não fazer nada não deve ser confundido com uma total ausência de actividade. Não fazer nada é, de facto, realizar qualquer coisa muito importante. É deixar a vida acontecer. A vida de cada um, leia-se.
Parar, de David Kundtz, é o quinto livro da Colecção XIS livros para pensar e é uma obra particularmente cara à equipa desta revista. Por ser essencial para a compreensão de muitas das nossas dificuldades mas, acima de tudo, por nos permitir abrandar o ritmo sem complexos de culpa.

Deixar a vida acontecer é, por vezes, a única alternativa que nos resta. Quando já tentámos tudo de muitas maneiras diferentes e quase sempre num ritmo vertiginoso e, mesmo assim, não conseguimos encontrar uma resposta para os nossos dilemas, a solução é mesmo parar. Só parando seremos capazes de continuar. Não existe possibilidade de evolução se não soubermos fazer pausas, se não criarmos um tempo e um espaço entre os acontecimentos.
Tal como a música é uma sucessão de notas e pausas, também a vida se vive com avanços, recuos e compassos de espera. De outra maneira seria impossível. Ninguém conseguiria suportar o som de uma sirene dia após dia, ano após ano. A música, sem pausas, seria como uma imensa sirene e a vida também. Absolutamente impossível de viver, portanto.

A verdadeira razão para parar é poder prosseguir o caminho. Na maior parte dos casos não paramos até nos sentirmos exaustos e quase vencidos, sem saber para onde nos havemos de virar. O erro é clássico e crónico, aliás.
Ao contrário do que possa parecer, podemos parar em qualquer lugar e a todo o momento. David Kundtz fala de parar no sentido construtivo. Não se trata de parar por preguiça ou por inércia, mas com a consciência de que, muitas vezes, temos que recuar, sair de cena e perceber, com distância, qual o melhor caminho a seguir.

O autor é muito eloquente neste seu livro e diz que abrandar não basta. É bom que aconteça e, por vezes, revela-se regenerador. Mas não é suficiente. Tudo à nossa volta se desloca a grande velocidade e, também por isso, somos obrigados a fazer paragens. Tentar abrandar não nos faz realmente desacelerar. Pior, muitas vezes cria a ilusão de que estamos parados sem, na realidade, estarmos.
Daí a necessidade de tomar consciência da importância de parar. Nos dias que correm é extraordinariamente difícil descobrir o caminho que mais nos convém nos labirintos da vida e, também por isso, vale a pena ler este livro de David Kundtz e perceber quando, onde e como parar.

Texto Laurinda Alves
O autor e o livro
David Kundtz nasceu em Cleveland, Ohio, e estudou na St. Mary University, em Washington, onde se formou em Psicologia. Mais tarde fez um doutoramento em Berkeley e especializou-se em terapia familiar. Autor de vários livros sobre as maneiras de lidar com os sentimentos e as emoções, Kundtz é uma referência para os leitores que se interessam por questões comportamentais. Actualmente vive entre Kensington, California e Vancouver, British Columbia e dedica-se quase exclusivamente a escrever livros. No próximo Outono vai publicar Nothing’s Wrong: A Man’s Guide to Managing His Feelings.
David Kundtz fala em três tipos de tempos de paragem e é interessante verificar como uns são tão diferentes dos outros.
Três formas de parar
As pausas. Podemos defini-las como compassos de tempo momentâneos e frequentes no dia-a-dia. Uma pausa consiste em parar rapidamente e não fazer nada num curto espaço de tempo. Pode ser uma respiração funda ou um simples fechar de olhos. Uma vez que se trata de interrupções breves, podemos fazê-las em qualquer ocasião, todas as vezes que forem precisas. Aliás, podemos e devemos fazer muitas pausas ao longo do dia, pois têm um efeito catártico imediato. A grande vantagem é poder incorporá-las na nossa vida sem quebras aparentes e sem rupturas. Fazem-nos bem e os outros nem notam.

Os intervalos. Menos frequentes que as pausas, são espaços de tempo que podem ir de meia hora a vários dias. Pode ser uma sesta, pode ser ficar muito quietos num lugar a sós ou, até, um tempo que passamos com outros mas em descontração. Mais do que as pausas, os intervalos são um desafio real para a maioria das pessoas por serem momentos mais prolongados em que não fazem nada. Os intervalos ajudam-nos a perspectivar o que nos preocupa, a descomprimir e a fazer ligeiros ajustes na maneira como vivemos a vida. Os intervalos permitem uma orientação.
As paragens. De uma forma geral, uma paragem assinala uma transição ou decisão significativa na vida. Pode ser uma mudança radical de rumo ou apenas uma paragem para prosseguir no mesmo caminho, mas, na verdade, uma paragem implica sempre um crescimento interior com efeitos profundos e duradouros. Muitas vezes as paragens são entendidas como crises, mas não é apenas disso que se trata. Algumas podem implicar dor, pesar ou problemas maiores, mas, mesmo assim, parar é sempre um sinal de força e coragem. Como parecem assustadoras, muitos preferem não fazer paragens na vida, mas é um erro crasso. Dizem os especialistas e, de uma forma muito eloquente, David Kundtz, o autor.
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