A
obra-prima do “mestre da indignação”, uma monstruosidade dramatúrgica de 700
páginas, estreia-se no Teatro Nacional S. João
“Este drama, cuja extensão, medida à
escala terrena, daria para preencher dez serões, destina-se a ser representado
por um teatro do planeta Marte. O público do nosso mundo não teria forças para
suportá-lo”, escreveu o dramaturgo Karl Kraus (1874-1936). A trabalhosa adaptação
das 700 páginas de Os Últimos Dias da Humanidade, uma gigantesca colagem de cenas,
lugares e personagens feita pelo autor austríaco ao longo da Primeira Guerra
Mundial, não demoveu o Teatro Nacional São João (TNSJ). A plateia desaparece
para dar lugar a uma enorme praça, onde se passeia o elenco de 21 atores,
dirigidos por dois encenadores, Nuno Carinhas e Nuno M. Cardoso. É o primeiro
quem afirma: “Isto não está localizado na história, infelizmente tem ecos muito
presentes. É por isso que nos interessa.” Texto
daqui.
É hoje, ao fim de alguns meses de trabalho, que se estreia esta mega
produção. Já tinha saudades de ver ‘esta casa’ a trabalhar em uníssono! Todas
as equipas deram o seu melhor, trabalharam desmesuradamente, desde as equipas
técnicas, administrativas, criativas, elenco e os demais, só assim vai ser
possível estrear.
Esta produção encheu-me a alma e fez-me relembrar porque é que escolhi
trabalhar no teatro. Orgulho…
Não percam, podem saber mais aqui.
Estes dois actores são qualquer coisa |
Fotografias de © TUNA/TNSJ
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