quinta-feira, 27 de outubro de 2016

OS ÚLTIMOS DIAS DA HUMANIDADE A guerra de Karl Kraus

A obra-prima do “mestre da indignação”, uma monstruosidade dramatúrgica de 700 páginas, estreia-se no Teatro Nacional S. João

“Este drama, cuja extensão, medida à escala terrena, daria para preencher dez serões, destina-se a ser representado por um teatro do planeta Marte. O público do nosso mundo não teria forças para suportá-lo”, escreveu o dramaturgo Karl Kraus (1874-1936). A trabalhosa adaptação das 700 páginas de Os Últimos Dias da Humanidade, uma gigantesca colagem de cenas, lugares e personagens feita pelo autor austríaco ao longo da Primeira Guerra Mundial, não demoveu o Teatro Nacional São João (TNSJ). A plateia desaparece para dar lugar a uma enorme praça, onde se passeia o elenco de 21 atores, dirigidos por dois encenadores, Nuno Carinhas e Nuno M. Cardoso. É o primeiro quem afirma: “Isto não está localizado na história, infelizmente tem ecos muito presentes. É por isso que nos interessa.” Texto daqui.

É hoje, ao fim de alguns meses de trabalho, que se estreia esta mega produção. Já tinha saudades de ver ‘esta casa’ a trabalhar em uníssono! Todas as equipas deram o seu melhor, trabalharam desmesuradamente, desde as equipas técnicas, administrativas, criativas, elenco e os demais, só assim vai ser possível estrear.

Esta produção encheu-me a alma e fez-me relembrar porque é que escolhi trabalhar no teatro. Orgulho…


Não percam, podem saber mais aqui.



Estes dois actores são qualquer coisa

Fotografias de © TUNA/TNSJ

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